(Segunda de duas partes. Para ler o início, clique aqui)
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5 - E para o fim foi reservado o pormenor mais aberrante: a obra
implicou a (re)construção de um passeio na Rua Ilha Terceira. Por força da
alteração do local de entrada da escola, esse passeio passou a constituir o
acesso pedonal ao portão de entrada da escola.
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Parece mentira, mas não é: este é o passeio de acesso à
entrada da escola:
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O passeio não é só absurdamente estreito para um local com elevado fluxo pedonal (a escola tem mais de mil alunos): em parte do percurso, constitui, para os peões, uma
gincana ridícula por entre as árvores:
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(esclarece-se que a lei – que, obviamente, não foi cumprida – obriga a uma largura mínima de passeio inteiramente livre de
obstáculos de 1,2 metros)
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E eis os alunos a caminho da escola (esta é só uma pequena
amostra: às horas de grande fluxo pedonal o cenário é deprimente, com
hordas de alunos a tentar circular por este passeio absurdo – e outros, sem paciência
para isso, a escolherem a faixa de rodagem):
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(evidentemente, uma cadeira de rodas não passa aqui…)
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Como é que é possível uma solução destas no acesso pedonal ao
portão de entrada de uma escola?! O que é que terá passado pela cabeça destes autarcas?
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A única preocupação parece ter sido garantir
lugares de estacionamento para os carros – e o estacionamento automóvel é a causa da ridícula largura do
passeio construído.
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De facto, era muito fácil construir um passeio mais largo, minimamente decente (e sem necessidade de cortar as árvores, que estão
muito bem ali): bastava eliminar lugares de estacionamento ou, na pior das
hipóteses, dispor os lugares de estacionamento paralelamente ao passeio, em vez
da solução do estacionamento em espinha (que, para piorar as coisas, permite que
as dianteiras dos carros ainda invadam um passeio já de si estreito, como se vê
nas imagens). Isso significaria, claro, reduzir o número de lugares de
estacionamento – mas falta de lugares de estacionamento é coisa que não existe
nesta rua (durante todo o dia, 365 dias por ano, há sempre dezenas e dezenas de
lugares livres)!
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Denominador comum de tudo isto: nada foi esquecido para facilitar a vida a quem anda de carro, e o que foi feito dificulta a vida para quem se desloca a pé. O automóvel continua a ser olhado como o principal meio de transporte em zona urbana. Precisamente o contrário do que se deve fazer hoje: privilegiar as deslocações a pé, de bicicleta e de transporte público, em relação ao automóvel particular. Estes já não são autarcas do seu tempo: pararam algures no século passado, quando ainda se olhava para o automóvel como a solução rainha para a mobilidade urbana.
VER AQUI A SITUAÇÃO, UM ANO DEPOIS (SETEMBRO DE 2013)
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O blogue Pombal do Marquês vai reclamar das autarquias envolvidas:
VER AQUI A SITUAÇÃO, UM ANO DEPOIS (SETEMBRO DE 2013)
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O blogue Pombal do Marquês vai reclamar das autarquias envolvidas:
I – O restabelecimento da entrada da escola pela Rua das
Escolas, corrigindo-se um erro que prejudica os alunos que acedem à escola a
pé, que aumenta injustificada e desnecessariamente o caos no tráfego rodoviário
e prejudica a tranquilidade, a segurança e a saúde dos residentes nas ruas Ilha
Terceira e Ilha do Faial.
II – Apenas se isso não for viável: a proibição do trânsito
automóvel nas ruas Ilha Terceira (primeiro quarteirão) e Ilha do Faial, exceto
para residentes, com mecanismos de fiscalização que garantam, nos
primeiros tempos, o cumprimento efetivo da proibição (para que os automobilistas se
habituem a outra alternativa).
III – O estabelecimento do limite máximo de velocidade de 30
km/h nas ruas Ilha Terceira, Ilha do Faial e Ilha das Flores.
IV – A implementação de uma passagem de peões sobrelevada ao
nível do passeio em frente à entrada da escola, com eliminação dos lugares de
estacionamento conflituantes com essa solução (eliminando-se também o
estacionamento a menos de cinco metros da passadeira, regra de
segurança que nestas autarquias também se parece desconhecer, mas que
é imposta no artigo 49.º do Código da Estrada).
V – A colocação de sinalização, na Rua Ilha Terceira, de
aviso dos condutores da proximidade de uma escola.
VI – O alargamento do passeio Sul da Rua Ilha Terceira,
mediante eliminação de lugares de estacionamento ou a alteração da disposição
do estacionamento automóvel, garantindo-se, pelo menos, a largura mínima
de passeio livre de obstáculos exigida na lei (embora, face ao fluxo pedonal
existente, o passeio devesse ter uma largura maior do que essa).
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Os partidos de oposição camarária e as juntas de freguesia também vão ser informados desta situação absurda.
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Se não houver resposta positiva, este caso será denunciado em blogues com maior afluência e na comunicação social.SPE
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Se não houver resposta positiva, este caso será denunciado em blogues com maior afluência e na comunicação social.SPE
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P.S. (1) A Associação de Pais da Escola Secundária Quinta do
Marquês tem um sítio na
internet. Visita-se o sítio e conclui-se: este tipo de questões está longe de
constituir preocupação para os pais dos alunos, mesmo estando em causa a
segurança dos seus filhos. Será distração ou indiferença?
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P.S. (2) Com o intuito de acelerar as obras, foi pedida uma licença especial de ruído à Câmara
Municipal de Oeiras, no sentido de as obras poderem ser feitas também à
noite e aos fins-de-semana – isto em pleno bairro residencial! A
única preocupação destes senhores, relativamente a ruído, era acautelar a paragem
das obras nos dias de realização de exames, para não perturbar os alunos em
realização de provas.
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